Airbags da Takata: o escândalo que transformou segurança em perigo

Imagine se, num acidente leve, em vez de o airbag proteger sua vida, ele se transforma numa arma, lançando estilhaços metálicos a até 320 km/h.
Infelizmente, isso já aconteceu com milhares de pessoas no mundo — e com vários motoristas brasileiros — por conta de uma falha grave nos airbags da Takata.

Se o seu carro foi fabricado entre 2000 e 2018, este conteúdo é essencial para você. Aqui, explicamos de forma clara o que houve com os airbags da Takata, quais são os riscos reais, como descobrir se o seu carro está envolvido e o que fazer a seguir.

O que deu errado com os airbags da Takata?

Tudo começou com uma peça chamada insuflador, que armazena o gás responsável por inflar o airbag durante uma colisão. A Takata optou por usar nitrato de amônio como gás propelente. O problema é que essa substância se torna instável quando exposta a calor e umidade — condições comuns no Brasil.

Com o passar do tempo, o insuflador sofre corrosão interna. Assim, em vez de inflar o airbag com segurança, ele explode violentamente. O resultado? Fragmentos metálicos são lançados contra os ocupantes do carro como se fossem projéteis.

É como se o painel do veículo se transformasse numa arma oculta. Um defeito grave, silencioso e invisível — até que seja tarde demais.

Por que isso é tão perigoso?

O que torna esse caso tão grave é o comportamento imprevisível do insuflador defeituoso. O design da Takata não protegia contra entrada de umidade, e o nitrato de amônio usado perde estabilidade com o tempo.

Quando o airbag é acionado, a explosão foge do controle. Em vez de inflar a bolsa com segurança, o insuflador se rompe com violência, e os estilhaços da própria carcaça metálica são lançados em altíssima velocidade.

Os casos são tão sérios que já houve relatos de estilhaços atravessando pescoços, bancos e tetos, causando ferimentos gravíssimos e até mortes.

Os números do maior recall da história

E não estamos falando de um problema isolado. Olha os dados:

• Mais de 100 milhões de veículos foram convocados no mundo todo.
• Pelo menos 35 mortes e mais de 400 feridos já foram confirmados globalmente.
• No Brasil, já são 9 mortes e cerca de 2,5 milhões de veículos ainda com o recall pendente — ou seja, rodando por aí com o risco dentro do carro.

Mesmo sendo um reparo gratuito e obrigatório, muita gente ainda não levou o carro para resolver o recall. Isso aumenta o risco para motoristas, passageiros e até pedestres.

Como saber se seu carro tem os airbags da Takata?

A boa notícia é que verificar isso é simples e rápido:

1. Site da montadora: todas as marcas têm uma seção de recall. Basta informar o chassi ou placa do carro.
2. Portal do Governo: acesse gov.br/inep/recall e consulte gratuitamente.
3. Avisos oficiais: algumas marcas também enviam cartas, e-mails ou fazem contato telefônico.

📌 Mesmo que você não tenha sido avisado, vale a pena verificar por conta própria. Tem muita gente andando com um carro que pode virar uma arma e nem sabe.

O que fazer se o seu carro estiver no recall?

Se após a consulta você descobrir que seu carro está envolvido, não perca tempo:

• Entre em contato com a concessionária da marca.
• Tenha em mãos o número do chassi ou placa.
• Agende a substituição gratuita do airbag.
• Evite dirigir o veículo até o reparo ser feito — especialmente se ele for de marcas com maior número de incidentes, como Honda, Toyota e Ford.

Ah, e aproveite a visita à concessionária para verificar outros recalls pendentes.

Quais marcas foram afetadas?

No Brasil, as seguintes montadoras estão envolvidas no recall dos airbags da Takata:

Audi, BMW, Chevrolet, Chrysler, Citroën, Dodge, Fiat, Ford, Honda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Peugeot, Renault, Subaru, Toyota, Volkswagen, Volvo.

A maior parte dos casos mais graves ocorreu com Honda e Toyota, mas todas as marcas listadas têm modelos com potencial risco — e muitos ainda estão rodando.

Já consertou? Ainda corre risco?

Se o airbag já foi substituído, o risco é praticamente eliminado.
Mas atenção: em alguns casos, a peça colocada no recall era temporária, e o veículo pode ter sido chamado novamente para troca definitiva.

Dica: consulte periodicamente o site da montadora para verificar se há novos recalls.

Carro usado também pode ter recall pendente?

Com certeza!
Se você comprou um veículo usado, não dá pra confiar apenas na palavra do vendedor. Mesmo com o documento em dia, ele pode ter um recall que nunca foi feito.

Antes de fechar negócio — ou mesmo depois da compra — consulte o histórico do veículo no site da marca ou no gov.br. O reparo continua sendo gratuito e obrigatório.

Verificou seu carro? E o seguro, está em dia?

Segurança vai muito além de consertar o que está errado. Mesmo com tudo em ordem, imprevistos acontecem — e estar sem seguro pode custar muito caro.

A boa notícia é que proteger seu veículo nunca foi tão fácil. A Neon Seguros oferece planos personalizados, atendimento descomplicado e preços justos para você dirigir com tranquilidade.
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Perguntas Frequentes