Quer um carro por um preço menor? Vamos conversar.

Comprar em leilão chama atenção: possibilidade de desconto na tabela FIPE, opções diversas e, hoje em dia, tudo online. Mas será que realmente vale a pena? Vou te guiar passo a passo — o que considerar, riscos e como aumentar suas chances de sair no lucro.

O que é um carro de leilão?

Um carro de leilão é um veículo vendido em evento público ou eletrônico. Os motivos para um carro ir a leilão variam: empresas que desovam frota, bancos recuperando garantia de financiamentos, seguradoras vendendo sinistros, ou bens judicializados. Cada origem muda o risco e o preço.

Tipos de leilões e o que cada um significa

Leilão de seguradora

Normalmente reúne carros com algum tipo de avaria — de média a grande monta — além de veículos recuperados de furto/roubo. Muitos são vendidos como peças ou sucata quando houve perda total. Aqui o preço costuma ser atraente, mas o risco é maior: problemas estruturais podem existir.

Leilão de banco

Veículos retomados por falta de pagamento do financiamento. Geralmente são mais novos e com quilometragem menor. Por isso, costumam oferecer bom custo-benefício se comparados ao mercado.

Leilão judicial

Veículos apreendidos pela Justiça, por exemplo em processos ou blitz. Atenção às dívidas vinculadas ao veículo — multas, IPVA e outras pendências podem permanecer. Leia o edital com calma.

Vantagens de comprar em leilão

• Preço: possível desconto significativo, em muitos casos acima de 30% em relação à FIPE.
• Variedade: desde carros populares até modelos pouco comuns; dá para garimpar bons negócios.
• Agilidade: leilões presenciais às vezes permitem retirada imediata; os online facilitam participação de qualquer lugar.
• Transparência documental: quando o edital é bem feito, todas as condições são listadas — desde pendências até regras de retirada.

Desvantagens e riscos (e como mitigá-los)

• Sem garantia: a maioria das vendas é no estado em que o veículo se encontra — após o arremate, qualquer problema é seu.
• Possíveis dívidas: dependendo do tipo de leilão, podem existir multas, IPVA ou taxas a quitar. O edital diz quem responde por quê — leia sempre.
• Problemas estruturais: em leilões de seguradora, carros com sinistro podem ter danos ocultos que só aparecem depois do conserto.
• Custo de regularização: transporte, vistoria, transferência, conserto, laudo e eventual acerto de documentação podem reduzir muito a economia obtida no lance.
• Seguro: algumas seguradoras cobram mais caro ou impõem restrições para veículos comprados em leilão. Verifique antes de comprar.

Checklist prático antes de dar um lance

Fazer as contas evita dor de cabeça. Antes de participar, confira:

1. Leia o edital: é a fonte oficial — prazos, custos, condições de entrega e responsabilidades.
2. Verifique o laudo técnico: quando disponível, analise os itens reparáveis, estruturais e se o carro foi para sucata.
3. Pesquise o leiloeiro: histórico e reputação importam muito — prefira plataformas reconhecidas e com boa avaliação.
4. Considere custos extras: transporte, reboque, regularização no DETRAN, IPVA/Multas, vistoria, peças, mão de obra e impostos.
5. Simule o preço final: some o lance + todos os custos previstos. Só faça o arremate se o preço final compensar.
6. Cheque documentação: pendências judiciais ou administrativas podem encarecer ou inviabilizar a transferência.

Exemplo prático (para você visualizar)

Imagine um carro com FIPE de R$ 40.000. Lance vencedor: R$ 28.000 (30% a menos). Agora some:

• Taxa do leilão: R$ 1.200
• Reboque/Transporte: R$ 500
• Conserto de funilaria e pintura: R$ 5.000
• Peças e mão de obra: R$ 3.000
• Documentação e transferência: R$ 800

Total aproximado: R$ 38.500. A economia real pode ser pequena ou inexistente dependendo do estado do veículo. Por isso, faça essa simulação antes de se empolgar com o lance.

Como participar de um leilão (passo a passo)

1. Escolha a modalidade: selecione entre seguradora, banco ou judicial conforme seu perfil de risco.
2. Cadastre-se na plataforma e confirme documentos exigidos pelo leiloeiro.
3. Faça uma triagem dos veículos do seu interesse e reúna laudos e fotos.
4. Defina um teto de lance com base na sua simulação de custos.
5. Participe do leilão: em eventos online mantenha calma e controle emocional para não pagar além do planejado.
6. Pós-arremate: pague conforme edital, trate da retirada e regularize a documentação no DETRAN.

Seguro e revenda: o que considerar

Se você pretende usar ou revender o carro, leve em conta duas coisas importantes:

• Seguro: algumas seguradoras impõem restrições a veículos comprados em leilão. É comum que haja exclusões ou preços maiores. Antes de arrematar, verifique com a sua seguradora quais condições ela oferece.
• Valor de revenda: normalmente, um carro comprado abaixo da FIPE terá menor valor de mercado na revenda. Ou seja, lucro na compra não garante lucro ao vender depois.

Se quiser checar opções de cobertura antes mesmo do arremate, faça uma cotação e tenha uma ideia clara do custo do seguro para o veículo que você pretende comprar.

Dicas para aumentar suas chances de sucesso

• Visite o pátio, quando possível: uma olhada presencial ajuda muito a identificar danos que fotos não mostram.
• Peça um laudo independente: se a plataforma permitir, leve um mecânico de confiança.
• Evite lances por impulso: estabeleça um limite e respeite-o.
• Priorize leilões claros: plataformas com editais detalhados e histórico confiável reduzem riscos.
• Considere comprar para uso próprio em vez de revenda, salvo se você for profissional e tiver expertise para reparar e regularizar rapidamente.

Quando pensar duas vezes

Evite arrematar se:

• O edital é confuso ou omite informações essenciais.
• O veículo tem problema estrutural sem laudo claro.
• O custo de reparo anula qualquer vantagem do preço do lance.
• Você não tem como transportar ou regularizar o carro rapidamente.

Conclusão: vale a pena?

Depende do seu objetivo. Se você é mão na massa, entende de mecânica ou tem orçamento para regularizar um carro com avarias, pode ser uma ótima oportunidade. Agora, se busca um carro pronto para uso imediato ou pretende revender com rapidez, o leilão pode não ser a melhor escolha.

O segredo é: faça as contas, leia o edital, avalie laudos e considere o custo do seguro antes de fechar o lance. E se quiser comparar coberturas e preços para tomar uma decisão mais segura, faça uma cotação com a Neon Seguros antes da compra — assim você já sabe quanto vai custar proteger seu novo veículo.

Pronto para tentar?

Se for participar, vai com calma. Pesquise, tenha um teto de lance e, acima de tudo, não se apaixone por um carro antes de garantir que ele vale o esforço. Boa sorte — e sempre que precisar, confira sua opção de seguro com a Neon Seguros por meio da cotação.