GP da Bélgica 2025: chuva, estratégia e domínio da McLaren na Fórmula 1

O tradicional circuito de Spa-Francorchamps foi palco de uma corrida marcada por atraso, ultrapassagens pontuais e decisões estratégicas que mexeram com o campeonato da Fórmula 1. Depois de mais de uma hora de espera por causa da chuva, a corrida finalmente começou — e Oscar Piastri aproveitou como ninguém.

Logo após a saída do safety car, o australiano assumiu a ponta de Lando Norris e não largou mais. Com a vitória, Piastri ampliou sua liderança no Mundial de Pilotos e deixou claro que a McLaren está em ótima fase. Leclerc completou o pódio com a Ferrari, enquanto o brasileiro Gabriel Bortoleto somou mais dois pontos e segue se firmando na elite da categoria.

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Largada atrasada e jogo de paciência: a corrida só começou depois de 1h20

Quem acompanhou o GP da Bélgica 2025 precisou de paciência. A corrida estava marcada para começar no fim da manhã, mas a forte chuva que atingiu o circuito de Spa-Francorchamps atrasou tudo. A direção de prova decidiu segurar os carros nos boxes por mais de uma hora e, quando finalmente liberou a pista, optou por uma largada em movimento atrás do safety car.

Foram quatro voltas cautelosas até que a disputa fosse, de fato, autorizada. Nesse ponto, Lando Norris largava na frente, seguido por Oscar Piastri, Charles Leclerc e Max Verstappen. O brasileiro Gabriel Bortoleto mantinha a 10ª posição, enquanto nomes como Hamilton, Alonso e Sainz largavam do pit lane por causa de trocas nos carros — o que tornaria suas corridas ainda mais interessantes.

A escolha dos pneus também foi estratégica: todos começaram com compostos intermediários, já que a pista ainda estava úmida, mas sem chuva constante.

Foi só na volta 5, com a saída do safety car, que a Fórmula 1 voltou ao modo “corrida pra valer”.

Piastri assume a liderança, Hamilton sobe, e a estratégia entra em jogo

Com a pista liberada na volta 5, não demorou para Oscar Piastri mostrar que estava determinado a vencer. Logo na reta Kemmel, o australiano da McLaren mergulhou por dentro e ultrapassou Norris, assumindo a liderança da prova com autoridade. A partir dali, controlou bem a distância, mesmo com a aproximação do companheiro nas voltas finais.

Enquanto isso, Leclerc e Verstappen se mantinham no top 4, com um duelo silencioso pela terceira colocação. O piloto da Ferrari chegou a errar na Eau Rouge, mas conseguiu manter a posição, garantindo mais um pódio em 2025 — seu quinto na temporada.

A grande virada, porém, veio nas estratégias de pneus. Entre as voltas 12 e 14, quase todos os pilotos trocaram os compostos intermediários pelos slicks. A maioria optou pelos pneus médios, exceto Norris, que arriscou com os duros na tentativa de surpreender no fim. Deu certo em parte: ele conseguiu tirar quase cinco segundos de diferença, mas não foi o suficiente para recuperar a liderança.

Do fundo do grid, Lewis Hamilton fazia uma de suas corridas clássicas. Largando do pit lane e com o carro ajustado para pista molhada, o britânico foi ganhando posições volta após volta. Na volta 10, já estava em 13º, e após as paradas, assumiu a sétima colocação, onde terminou a prova. Foi sua primeira vez fora do top 4 em Spa em muitos anos, mas, dadas as circunstâncias, foi uma boa recuperação.

Bortoleto pontua de novo e briga no meio do pelotão agita a prova

Enquanto os holofotes estavam voltados para a disputa entre Piastri e Norris, o brasileiro Gabriel Bortoleto fazia uma corrida consistente, brigando duro por mais dois pontos no campeonato. Largando em 10º, o piloto da Sauber chegou a perder posição para Nico Hulkenberg após um erro na freada, mas não desistiu da disputa.

Na troca geral de pneus, Bortoleto ficou atrás do companheiro de equipe e pediu para inverterem as posições, alegando ter mais ritmo. A equipe demorou a responder, mas cedeu na volta 20, permitindo que o brasileiro voltasse ao top 10. Ele terminou a corrida em nono lugar, somando agora seis pontos no Mundial — uma marca importante para um calouro na Fórmula 1.

No meio do pelotão, a corrida também teve bons momentos. George Russell conquistou uma sólida quinta colocação com a Mercedes, enquanto Alex Albon garantiu um ótimo sexto lugar para a Williams. Liam Lawson, com a RB, também se destacou e terminou em oitavo, segurando bem a pressão no fim da prova.

Já nomes experientes como Alonso e Sainz não tiveram muito destaque. Alonso, inclusive, fez uma segunda parada nos últimos 20 giros, o que o tirou de qualquer chance de pontuar.

A corrida, mesmo com o atraso na largada, seguiu estável e sem incidentes graves, mas trouxe boas disputas estratégicas e deixou claro que o equilíbrio entre as equipes está cada vez mais evidente na temporada 2025.

Classificação final e mudanças no campeonato de Fórmula 1 2025

A vitória em Spa não foi só simbólica para Oscar Piastri — ela teve peso real na tabela. Com o triunfo, o australiano chegou à sua sexta vitória na temporada e ampliou sua vantagem sobre Lando Norris para 16 pontos, consolidando ainda mais sua liderança no Mundial de Pilotos.

Charles Leclerc, com o terceiro lugar, segue somando pódios e mantém a Ferrari no jogo. Já Verstappen, que terminou em quarto, não conseguiu reagir ao ritmo forte das McLarens. Russell (5º) e Albon (6º) completaram a zona nobre com boas atuações. Hamilton, apesar de largar do pit lane, cruzou a linha em sétimo. Bortoleto, com o 9º lugar, segue firme na briga por espaço entre os estreantes.

A próxima etapa promete ser decisiva, principalmente para quem ainda sonha em encostar na liderança. A temporada 2025 está mais equilibrada e com nomes novos se firmando — o que torna cada GP imprevisível.

Perguntas Frequentes sobre o GP da Bélgica 2025 – Fórmula 1