GP do Azerbaijão: Verstappen domina em Baku e Williams volta ao pódio

O circuito urbano de Baku entregou mais uma corrida cheia de reviravoltas e surpresas. No GP do Azerbaijão 2025, Max Verstappen voltou a brilhar e encerrou sua breve sequência sem vitórias ao conquistar sua quarta vitória na temporada — com direito a liderança de ponta a ponta.

Mas o destaque do dia não ficou só com a Red Bull. A Mercedes conseguiu colocar George Russell no segundo lugar, ganhando fôlego no Mundial de Construtores, enquanto Carlos Sainz colocou a Williams de volta ao pódio após um jejum de quatro anos. Uma combinação de boas estratégias, punições a rivais e muito oportunismo mudaram completamente o panorama da corrida.

Do lado brasileiro, Gabriel Bortoleto ficou próximo da zona de pontuação. Ele chegou em 11º após se beneficiar de uma punição aplicada a Alexander Albon, além de ultrapassagens importantes no meio da corrida.

Neste artigo, você confere todos os detalhes do GP do Azerbaijão: desde a largada caótica e os abandonos, até as estratégias de pneus, a virada da Mercedes, a volta da Williams ao top 3 e o que tudo isso significa para o campeonato.

Largada agitada e acidentes logo de cara no GP do Azerbaijão

Logo nas primeiras curvas do GP do Azerbaijão, ficou claro que o circuito de Baku não perdoaria erros. Max Verstappen largou bem da pole e manteve a liderança sem grandes dificuldades, mas atrás dele o caos tomou conta.

Oscar Piastri, líder do campeonato até então, queimou a largada e ainda errou ao frear tarde demais na curva 5. O resultado? Um choque direto com a barreira e abandono precoce — um duro golpe para a McLaren logo no início da prova. O incidente gerou uma reação em cadeia: Fernando Alonso, logo atrás, também queimou a largada e foi punido. Com isso, o grid já começava a se reorganizar desde as primeiras voltas.

Gabriel Bortoleto foi um dos beneficiados por esse cenário. Saindo de 13º, ele escapou dos incidentes e rapidamente subiu para 12º. O brasileiro ainda superou Alonso e, com os primeiros pit stops de rivais mais à frente, chegou a figurar dentro do top 10.

Outro nome que se destacou foi Isack Hadjar, que superou Lando Norris logo no início. Norris, aliás, enfrentou um início de prova complicado: além de perder posições, teve que lidar com um pit stop lento mais tarde, o que comprometeu sua estratégia.

A largada também marcou o início da construção da estratégia da Mercedes, que optou por deixar George Russell mais tempo na pista com pneus duros. A decisão se mostraria inteligente mais adiante.

Estratégias certeiras e domínio absoluto de Verstappen

Após o abandono de Piastri e o início conturbado de Norris, o GP do Azerbaijão seguiu com uma dinâmica tática. Enquanto Max Verstappen abria vantagem na liderança, a Mercedes executava sua estratégia com perfeição, apostando em um stint mais longo com George Russell, que permaneceu mais voltas na pista antes de seu pit stop.

A ideia era clara: deixar o inglês ganhar posições enquanto os concorrentes iam aos boxes — e deu certo. Quando Carlos Sainz parou na volta 28, Russell assumiu a vice-liderança. Mesmo após sua parada, ele conseguiu voltar à frente do espanhol e consolidar o segundo lugar.

Sainz, por sua vez, também teve um bom desempenho. Largando da primeira fila, ele manteve um ritmo competitivo com a Williams e garantiu o primeiro pódio da equipe desde 2021 — algo que poucos esperavam em um grid tão apertado.

No pelotão intermediário, a briga foi intensa:

• Yuki Tsunoda e Liam Lawson disputaram posição com ritmo consistente e terminaram em 6º e 5º, respectivamente.
• Lando Norris, após um pit stop lento de 4 segundos, ainda conseguiu superar Charles Leclerc e salvar o 7º lugar.
• Lewis Hamilton terminou em 8º, logo à frente de Leclerc.

Já Gabriel Bortoleto, que havia subido para o top 10 durante as paradas, perdeu ritmo após sua troca de pneus na volta 27. Mesmo assim, se manteve competitivo e finalizou em 11º, herdando a posição após uma punição aplicada a Alexander Albon, que havia se envolvido em um incidente com Franco Colapinto.

Baku surpreende mais uma vez — e o campeonato segue em aberto

O GP do Azerbaijão foi mais uma prova de como a temporada 2025 da Fórmula 1 está cheia de reviravoltas. A vitória incontestável de Max Verstappen reafirma a força da Red Bull, enquanto a Mercedes mostra que ainda tem cartas na manga — especialmente com estratégias inteligentes como a aplicada a George Russell.

Mas o grande destaque foi, sem dúvida, o pódio da Williams. Depois de anos lutando no fundo do grid, a equipe inglesa volta ao topo com Carlos Sainz, reacendendo a esperança de uma retomada consistente no cenário da F1.

Do outro lado, a McLaren teve um fim de semana para esquecer: um abandono logo na largada com Piastri e um desempenho apagado de Norris. Mesmo assim, a equipe segue firme na liderança do campeonato de construtores, mas com a vantagem ameaçada pelo crescimento da Mercedes.

E o brasileiro Gabriel Bortoleto? Apesar de não pontuar, mostrou evolução e maturidade, disputando posições com nomes fortes e mantendo-se próximo da zona de pontos. É um sinal claro de que ele ainda pode surpreender nas próximas etapas.

Resultado do GP do Azerbaijão