Você abastece seu carro normalmente, paga o valor que aparece na bomba e vai embora achando que está tudo certo. Mas e se parte daquele combustível não for exatamente… combustível?
Pois é. A prática conhecida como golpe da bomba baixa voltou a ganhar destaque em maio após uma fiscalização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) encontrar fraudes em postos de cinco estados brasileiros. O golpe funciona de forma simples — e é justamente isso que o torna perigoso: os postos adulteram as bombas para entregar menos combustível do que o mostrado no visor, enganando o motorista sem levantar suspeitas.
O que muita gente não sabe é que, em alguns casos, a bomba chega a liberar ar em vez de combustível, fazendo com que o motorista pague por algo que nunca entrou no tanque.
E o pior: isso ainda acontece em 2024. Fiscais flagraram ao menos sete postos aplicando o golpe da bomba baixa só na primeira quinzena de maio, em estados como São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Pará.
Como funciona o golpe da bomba baixa?
O nome pode parecer estranho à primeira vista, mas o golpe da bomba baixa é mais comum do que se imagina — e é justamente isso que o torna tão perigoso. Golpistas adulteram eletronicamente as bombas de combustível para exibir um volume maior do que o realmente abastecido.
E o truque?
Alguns dispositivos são instalados dentro da bomba para manipular a leitura do visor digital, enganando tanto o motorista quanto o próprio frentista. Em vez de entregar, por exemplo, 10 litros de gasolina, a bomba injeta 9 — ou até menos. O consumidor paga por um valor que não entrou no tanque, e muitas vezes nem percebe a diferença.
Em alguns casos, há relatos de bombas que injetam ar junto com o combustível, o que é ainda mais grave. O golpe prejudica o motorista e pode até danificar o motor, já que o sistema do carro interpreta o ar comprimido como se fosse combustível.
E por que esse golpe é difícil de perceber?
Porque a diferença por abastecimento é pequena — geralmente entre 5% e 10% a menos. O suficiente para gerar prejuízo para o motorista ao longo do tempo, e lucro ilegal para o posto fraudador. Como o valor total no visor parece compatível, a maior parte das vítimas simplesmente segue viagem sem suspeitar de nada.
Onde o golpe da bomba baixa foi detectado em 2025?
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), só nos primeiros 15 dias de maio de 2025, sete postos em cinco estados foram flagrados aplicando o golpe da bomba baixa. Os locais confirmados foram:
- Bahia – 1 posto em São Sebastião do Passé
- Minas Gerais – 2 postos: Ouro Preto e Nazareno
- Pará – 2 postos em Redenção
- Rio de Janeiro – 1 posto na capital
- São Paulo – 1 posto em Atibaia
A fiscalização autuou esses postos por usarem bombas adulteradas que entregavam menos combustível do que o indicado, enganando diretamente os consumidores.
Como se proteger do golpe da bomba baixa
Em São Paulo: consulta online de bombas certificadas
Os motoristas paulistas agora têm uma ferramenta poderosa para evitar fraudes. O IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo) disponibilizou um painel online que mostra quais postos usam bombas certificadas com tecnologia antifraude.
Basta acessar o site oficial do órgão, procurar pelo painel de postos certificados e inserir o nome da cidade. A lista é atualizada com frequência e mostra apenas os estabelecimentos que passaram por fiscalização rigorosa.
Se você abastece com frequência em São Paulo, vale a pena consultar esse sistema antes de escolher o posto.
Em outros estados: o cuidado tem que ser redobrado
Se você mora fora de São Paulo, vale seguir algumas dicas simples que ajudam a se proteger:
- Desça do carro e acompanhe o abastecimento do início ao fim.
- Fique atento à quantidade que entra no tanque — se parece estar enchendo rápido demais, desconfie.
- Peça o comprovante da bomba, com volume e valor.
- Desconfie de preços muito abaixo da média local — combustível barato demais pode sair caro.
- Em caso de suspeita, denuncie à ANP pelo site ou telefone 0800 970 0267.
Conclusão: o golpe é real — mas dá pra escapar dele
O famoso “golpe da bomba baixa” não é uma lenda urbana. Ele existe, é mais comum do que se imagina e continua enganando motoristas todos os anos, mesmo com tanta tecnologia e fiscalização. O prejuízo, além de financeiro, é também emocional — afinal, ninguém gosta de ser feito de bobo, especialmente no posto de combustível.
A boa notícia é que, com informação e atenção, dá sim pra evitar cair nessa armadilha. Consultar sistemas oficiais, ficar de olho no abastecimento e denunciar suspeitas são atitudes simples que fazem toda a diferença.
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Perguntas frequentes:
É uma fraude em que o posto manipula a bomba de combustível para entregar menos combustível do que o valor exibido no visor, injetando ar ou registrando volumes falsos. Você paga por 30 litros, mas recebe menos.
Desconfie se a autonomia cair muito, o preço estiver baixo demais ou o frentista agir com pressa. Acompanhe o abastecimento.
Sim. Você pode solicitar um teste de volume na hora ou denunciar o posto para o Procon ou ANP, que farão a verificação.
Evite abastecer novamente e denuncie à ANP ou ao órgão estadual responsável. Anote o CNPJ e endereço do local.
Evite postos com preços muito fora da média, saia do carro e acompanhe o abastecimento do início ao fim